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HERÓIS INESQUECÍVEIS (16) - JOHNNY HAZARD

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Por encomenda da King Features Syndicate, Frank Robbins criou, no sistema de tiras (mais tarde vieram a acontecer também as pranchas), o herói Johnny Hazard, que teve a sua estreia a 5 de Junho de 1944.
Frank Robbins (1917-1994)
Na origem, é um piloto da Força Aérea dos Estados Unidos. Por vezes, tem como companheiros, o jornalista Snap, a bela navegadora Gabby Gillespsie, o seu amigo Scotty e a fotógrafa loiraças Brandy.
Tudo começa quando Hazard se consegue evadir de um campo de prisioneiros dos nazis. Junta-se às forças aliadas e vem a ter aventuras e proezas pelas zonas banhadas pelo Oceano Pacífico (China, Japão, etc.). Mais tarde torna-se agente secreto, em paralelo com Steve Canyon de Milton Caniff.
 
Vigoroso e corajoso, é também  um incorrigível sedutor. Mas por aqui, deve ter cuidado, pois esbarra com frequência com atrevidas e sensuais mulheres a apostar na sua perda, como Velvet, Paradise, Kitty Hawke, etc.
Com o decorrer dos anos, a popularidade da série vai perdendo o forte apoio da parte dos editores, vindo a terminar a 20 de Agosto de 1977.
Em Portugal, apareceu pela primeira vez a 18 de Agosto de 1949, no n.º 1 da revista "Mundo de Aventuras", onde foi mais frequente. Mas passou também pelas páginas de "Condor", "Tigre", "Condor Popular", "Colecção Audácia", "Ciclone", etc. Conheceu apenas um álbum em português que foi editado pela Futura em 1983 (no n.º 8 da Colecção "Antologia da BD Clássica").
 

 

Nota curiosa final: Johnny Hazard, foi dos heróis-BD atingidos imbecilmente com um nome português, sendo então "João Tempestade". Alguns outros exemplos: Flash Gordon (Roldão, o Temerário), Big Ben Bolt (Luís Euripo), Steve Canyon (Luís Ciclone), Joe Palooka (Zé Sopapo), Prof. Tournesol (Prof. Pintadinho de Branco), Monsieur Lambique (Tio Pantaleão), Brick Bradford (Brigue Forte), etc, etc. Haja Deus!...

Johnny Hazard no "Mundo de Aventuras" (n.º 63, V série, de 12.12.1974)
Um caso raro nas aventuras de Johnny Hazard: sequência de 16 vinhetas sem qualquer legenda.



EVOCANDO GIANNI DE LUCA

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Gianni De Luca (1927-1991) - autoretrato
Era uma vez... um grande senhor da Banda Desenhada Italiana: GIANNI DE LUCA.
Nasceu em Gagliato a 27 de Janeiro de 1927 e faleceu em Roma a 6 de Junho de 1991, para onde se mudara aos seis anos de idade. 
Pintor, ilustrador, gravador e banda desenhista, iniciou a sua carreira no semanário "Il Vittorioso" e, em finais dos anos 50, passou para "Il Giornalino", onde se manteve por muitos e largos anos, como "mágico" da 9.ª Arte.
Da sua vasta obra, reconhecida internacionalmente, em Portugal consta, pelo "Cavaleiro Andante", "David, Pastor da Judeia" (do n.º 112 ao 136)...
 

..."A Esfinge Negra" (do n.º 171 ao 190)...
 

...e "O Império do Sol" (do n.º 327 ao 338)...
 

...e ainda, um belíssimo e precioso álbum, publicado em 1977 pelas Edições Celbrasil, versando a transposição à BD de três peças de William Shakespeare: "Hamlet", "Romeu e Julieta" e "A Tempestade". Aqui, este integral "shakespeareano"é um verdadeiro luxo nos anais da Banda Desenhada.

 
Capa e pranchas de "Hamlet", "Romeu e Julieta" e "A Tempestade", respectivamente. 

Gianni de Luca tinha o condão de transformar (melhor, de adaptar) a sua arte gráfica consoante os argumentos e épocas. 
Em 1947 chegou a matricular-se na Faculdade de Arquitectura que, um ou dois anos depois, abandonou para se dedicar completamente à Banda Desenhada.
Por esta vertente artística, ter-se-á iniciado em 1946 com "Anac, il Distruttore", se bem que um ano antes tenha ilustrado, para a Editrice Libraria Siciliana, o romance de Ector Malot "Sem Família". Depois, desenha "L'Oasi di Kamarasi".
Em 1947, para "Il Vittorioso", estreia-se autenticamente com "Il Mago Da Vinci".
Depois, entre outras histórias, desenha "Il Fiore della Morte" e "Il Re della Montagna". Nos anos 1948 /49, marcam posição criações suas como "I Naufraghi del McPerson", "O Império do Sol", "A Esfinge Negra", "Il Tempio delle Genti", etc. Em 1951, com "Gli Ultimi della Terra", aborda o ambiente futurista. Em 1958, desenha "Ragazzi di Ungheria", com argumento de Lino Monchieri. 
Entretanto, de 1955 a 1959, com publicação irregular, desenha episódios da "Bíblia" (donde, pressupomos, pertence "David, Pastor da Judeia") na obra que tem por título geral "La Più Grande Storia Mai Raccontata".
Gianni De Luca sentia uma certa necessidade de ir mais além, de apostar também para uma BD para adultos. É em 1967, após um breve afastamento desta Arte e com "L'Ultima Atlantide" marcando o seu regresso, que é desafiado a "segurar" a série "Il Comissario Spada", uma das glórias da sua carreira, com argumentos de Gian Luigi Gonano, num clima policial localizado em Milão e com diversos aspectos bem actuais.
E prossegue somando êxitos, como o western "Bob Jason" (1969), "Gian Burrasca" (1983), as biografias de Totó e de Marilyn Monroe (1985), a estranhíssima e bela narrativa "Paulus" (1986) e em 1988, a publicação de "La Freccia Nera" (adaptação do romance histórico de Robert Louis Stevenson, com guião de Paola Ferrarini) e o início  de uma obra ambiciosa, "I Giorni dell'Impero", que ficou incompleta dado ao seu falecimento, mas que foi publicada, incluindo os esboços e apontamentos que já havia elaborado. 

Biografia de Totó (1985) e "Paulus" (1986)
No entanto, "a cereja no topo do bolo"é a sua magnífica trilogia shakespeareana, versando as peças "Hamlet", "Romeu e Julieta" e "A Tempestade", uma autêntica revolução ante as variantes do seu grafismo e da Banda Desenhada em geral. Aqui, duas Artes - o Teatro e a Banda Desenhada - pelo talento de Gianni De Luca, resultam numa simbiose admirável e marcante pelo seu deslumbre. 
Gianni De Luca recebeu o Troféu Yellow Kid, em 1971, e o Troféu Nettuno, em 1976.
Muito e muito ficou por se contar nesta evocação, mas o registo (sumário) feito, já conta muito. E o verdadeiro bedéfilo... (a bom entendedor...).
LB




Revista "Il Vitorioso" (n.º 26) de 29 de Junho de 1963 - capa de Gianni de Luca
O Fantasma segundo Gianni de Luca ("Avventure Americane", n.º 210, de 11-12-1966)

PELA BD DOS OUTROS (8) - A BD DA ISLÂNDIA

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República insular no Atlântico norte, a Islândia tem uma longa História recheada de aventuras, alegrias e angústias e ainda alguns aspectos lendários que se confundem com a sua própria realidade através dos tempos.
Não há muitos anos, os islandeses eram considerados o povo mais feliz do mundo até que, de repente, tropeçou e quase "bateu no fundo". Mas fez justiça, julgando os culpados responsáveis por este assustador desaire: o governo e os banqueiros. E já está quase no seu tradicional feliz nível de vida. A Islândia é candidata ao ingresso na União Europeia e à adopção do euro como moeda (por enquanto, vigora a coroa islandesa). Com a capital em Reiqueiavique, tornou-se definitivamente independente (da Dinamarca) a 14 de Junho de 1944.
Neste país, constam nomes-valores, como o pintor Jóhannes Kjarval, o escritor Halldór Laxness (Prémio Nobel da Literatura/1955) e a cantora Björk. Com alta actividade vulcânica, o "Eyjafjallajokull", ainda em tempos recentes, quase parou o mundo... Tem uma muito baixa taxa de criminalidade.
A Banda Desenhada tem uma longa tradição neste país. Durante muito tempo com titubeantes apostas como as do actor e ilustrador Muggur (pelos anos 20 do século passado) e das leituras desta Arte que importava dos Estados Unidos (em especial das Produções Walt Disney), da Dinamarca e da Suécia. E surgem então as criações de Sigurdur Örn Brynjólfasson (dito, Söb), que é considerado como o pioneiro da banda desenhada islandesa contemporânea.
E logo o secundam Ragnar Lar, Kjartan Arnórsson, Gisli J. Astpeurs, Freydis Kristjansdóttir e Sigmund Astborgson.
 
Pranchas de Kjartan Arnórsson e Freydis Kristjansdóttir

O francês Jean Antoine Posocco (nascido em Besançon em 1961), radicou-se na Islândia, onde labora e ensina BD, passando a ser o desenhista "islandês" Jan Pozok, coordenando também o seu fanzine "Blek".
Arte de Jan Pozok
E logo surge um belo naipe, o histórico grupo da revista "(gisp!)", donde se destacam Thorri Hrinksson, Halldór Baldursson, Ólafur J. Engilbertsson, Bjarni Hinriksson e Jóhann Torfasson. Fazem-se representar em diversos Salões BD, mormente em França, Dinamarca e Finlândia. E, pela primeira vez em Portugal, exemplos das criações destes cinco desenhistas, estiveram patentes no salão "Sobreda BD/1992", aspecto que foi registado na revista "(gisp!)" n.º 3.

Pétur Bjarnason é um dos famosos veteranos, muito apostado em tiras humorísticas...
Tira cómica de Pétur Bjarnason
...e na mais "recente" geração, destaca-se Hugleikur Dagsson (vulgo, Hulli), diplomado pela Academia Islandesa das Artes.
A História da Islândia, contada de forma humorística por Hugleikur Gagsson (Hulli)
Três autores com obra importante na Islândia:
Kjartan Arnorsson, Jan Pozok e Thorri Hringsson
Prancha de Ólafur J. Engilbertsson 
Arte de Jóhann Torfasson
Prancha de Thorry Hringsson
Prancha de Halldór Bardusson

PELO SALÃO "VISEU-BD / 2013"

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Com uma pré-abertura na noite de 9 de Agosto (sexta-feira), a 18.ª edição do Salão Internacional de Banda Desenhada de Viseu, foi oficialmente inaugurada na tarde de sábado, 10 de Agosto, e vai estar patente até ao dia 22 de Setembro.
E diga-se já, em boa verdade, que houve muito público a visitar este certame da 9.ª Arte, donde também, "gente famosa" ligada à BD, como os desenhistas Artur Correia, Baptista Mendes, António Guerreiro, João Amaral, Álvaro, Fernando Santos Costa, Miguel Rebelo, Pedro Emanuel e Daniel Almeida (estes quatro últimos são residentes na região), o italiano Andrea Venturi, os editores Maria José Pereira e Geraldes Lino, os coleccionadores António Amaral, Pedro Bouça, António Isidro e Rui Domingues, para além de José Carlos Francisco (representante em Portugal das edições Bonelli). Faltaram algumas celebridades que tiveram a franqueza de justificar as ausências devido à malfadada crise.
Uma pose histórica: o italiano Andrea Venturi, João Amaral, Geraldes Lino e Luiz Beira
Depois de uma visita guiada conduzida por Carlos Alberto Almeida (coordenador principal do Salão e elemento da direcção do GICAV), sucedeu a cerimónia de abertura.
Falou Luís Filipe Mendes (outro elemento fundador e da direcção do GICAV), depois o Presidente da Expovis, a Vereadora da Cultura da C.M. de Viseu e a seguir, Carlos Almeida conduziu o resto da cerimónia, vindo logo a dar a palavra a António Mata que apresentou Geraldes Lino (que então recebeu o Troféu Anim'arte), Luiz Beira que apresentou João Amaral (que também recebeu o Troféu Anim'arte) e José Carlos Francisco apresentou o artista estrangeiro convidado de honra, o italiano Andrea Venturi.
 
João Amaral e Geraldes Lino recebendo os Troféus "Animarte", respectivamente
das mãos da Dr.ª Ana Paula Santana (Vereadora da Cultura da CM Viseu)
e do Dr. Luís Filipe Mendes (do Gicav)
Por fim, seguiu-se a bem concorrida sessão de autógrafos (que mais animada seria ainda se por lá houvesse uma banca de venda de álbuns de BD...) por João Amaral, Andrea Venturi, Álvaro, Miguel Rebelo, Pedro Emanuel e Fernando Santos Costa.
Andrea Venturi, João Amaral e Álvaro numa animada sessão de autógrafos.
Indica-se que esta edição do "Viseu-BD /2013" foi organizada pelo GICAV com apoio directo da Expovis (entidade que regula a famosa Feira de S. Mateus, onde o certame está inserido), com mais algumas colaborações, donde a Inovinter e a Câmara Municipal de Moura.
Eça de Queiroz...
... e Willy Vandersteen, no salão de Viseu.
Uma das pranchas expostas de João Amaral
Quanto ao Salão em si, havia um imenso espaço, em duas partes, pleno de Banda Desenhada, talvez mesmo com algumas notariedades a mais... com débil justificação para o facto. Aqui, lamentamos mesmo que se tenha olvidado uma brevíssima evocação ao nosso grande artista José Batista (Jobat) português e falecido este ano, que teve em seu lugar a evocação dedicada a um outro grande artista, o belga Didier Comès, também falecido este ano. Aliás, este ano, já faleceram quatro grandes valores da BD: para além de Jobat e de Comès, também o belga Fred Funcken e o francês (de origem grega) Fred.
Mas, parece-nos que, em consciência, primeiro estão os nossos e depois os outros!...
Até 22 de Setembro, há tempo para uma bem merecida visita ao XVIII Salão Internacional de Banda Desenhada de Viseu, pois a próxima edição será só em 2015. Força, GICAV!
LB
Aspecto geral das exposições (com João Amaral ao centro da imagem).


A sessão de homenagens esteve bem composta de público.
De pé: António Guerreiro e José Carlos Francisco (do blogue português do Tex).
Sentados na segunda fila: Pedro Bouça, Rui Domingues e António Isidro.
Na fila da frente: Santos Costa, Maria José Pereira e António Amaral.

Dois desenhistas de Viseu, Pedro Emanuel e Miguel Rebelo, e
Cristina Amaral (esposa do homenageado João Amaral)
Olhem que três! Foto captada no jantar-convívio com os "figurões"
Fernando Santos Costa, Pedro Emanuel e (claro!) Luiz Beira
Baptista Mendes e Artur Correia, dois veteranos da nossa BD, também estiveram presentes em Viseu.

Deixamos aqui um agradecimento muito especial a Cristina Amaral e a Carlos Almeida pela cedência de algumas fotos incluídas neste post.

HERÓIS INESQUECÍVEIS (17) - BUCK DANNY

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Um certo cidadão belga, Georges Troisfontaine, era, por esses recuados tempos, o fundador e dirigente da World Productions / World Press, uma agência de distribuição de bandas desenhadas por diversos periódicos. 
Victor Hubinon e Jean-Michel Charlier
Embora sem se conhecerem, Jean-Michel Charlier e Victor Hubinon trabalhavam para ele. Troisfontaine apresentou-os e propôs-lhes um plano: a criação de uma série para a revista "Spirou". Ele próprio já escrevera as primeiras doze páginas. 
Os três eram apaixonados pela aviação e daqui, Charlier concluiu o argumento desta primeira aventura, enquanto Hubinon se dedicou ao grafismo. 
Consta que, fisica e fisionomicamente, o personagem principal teve como modelo o próprio Troisfontaine...
E é assim que nasce Buck Danny, um piloto da Força Aérea Norte-Americana, com a sua estreia no n.º 455 da "Spirou" a 2 de Janeiro de 1947, com a aventura "Les Japs Attaquent", que viria a originar o primeiro álbum. Hoje, já existem 52 e mais três na versão integral.
É na terceira narrativa, "La Revanche des Fils du Ciel", que aparecem Jerry Tumbler Sonny Tuckson. E desde então, os três, Buck, Jerry Sonny, tornam-se inseparáveis companheiros e amigos. Por sua vez, é o no 16.º álbum, "Menace au Nord", que surge pela primeira vez a "inimiga de estimação", a bela e sinistra Jane Hamilton, mais conhecida como "Lady X".
Victor Hubinon vem a falecer em 1979, tendo desenhado os quarenta primeiros álbuns da série. Francis Bergèse é quem o substitui, desenhando as seguintes doze narrativas.
Entretanto, Charlier faleceu em 1989... É Jacques De Douhet quem escreve o argumento  do 45.º tomo, "Les Secrets de la Mer Noire" e logo a seguir, Bergése torna-se criador absoluto da série, Todavia, já garantiu que "Cobra Noir", o 53.º tomo a aparecer em Setembro deste ano, terá novos autores: o argumentista Frédéric Zumbichl e o desenhista Francis Winis.
Francis Bergése, um dos continuadores da série
As aventuras e heroicidades de Buck Danny, Tumbler Tuckson, são marcos de alta popularidade, pelo menos no panorama bedéfilo francófono. Estranhamente, poucas foram as narrativas editadas em Portugal: apenas treze (todas com o traço impecável de Hubinon) e sem nenhum álbum. Buck Danny estreou-se entre nós no "Cavaleiro Andante" n.º 340 (Julho de 1958) com a aventura "O Tigre da Malásia", que é a 19.ª narrativa. Publicaram-se nove no "Mundo de Aventuras", uma na revista "Zorro" e duas na efémera edição portuguesa de "Spirou". Na verdade, ante a qualidade e a popularidade da série, é uma inexplicável bizarria a ausência de muitos mais episódios nas edições em português!...
LB

A primeira aventura de Buck Danny no "Cavaleiro Andante".
Prancha de "Les japs attaquent", a primeira aventura de Buck Danny



Prancha de "Tonnerre sur la Cordillére", por F. Bergése
1.º tomo de "Buck Danny - L'integrale", pela Dupuis, onde se recupera
a primeira aventura deste herói ("Les japs attaquent")
Capa da 53.ª aventura de Buck Danny, com saída prevista para o próximo mês.

NOVIDADES EDITORIAIS (37)

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TERRA AUSTRALIS - Digamos que é uma monumental edição, pois comporta 508 páginas!... Um triunfo épico editado pela Glénat.
Com todas as pranchas a preto-e-branco, esta obra de aturada e corajosa elaboração (durou quatro anos até ser concluída), é da autoria de L.F. Bollée e Philippe Nicloux.
Sem "paninhos quentes", narra a instalação e ocupação imperialista dos ingleses na misteriosa Austrália, antes que os rivais holandeses e franceses disso fizessem uso. Em teoria, os primeiros europeus a chegar à Austrália, teriam sido os portugueses, especialmente Cristóvão de Mendonça em 1522 e Gomes de Sequeira em 1525... mas o Reino de Portugal, muito ávido nas especiarias, não ligou ao assunto. E zás! Logo os holandeses, os franceses e os ingleses se meteram à cobiça deste novo e vasto território. Impuseram-se os ingleses, com muitas e cruéis veleidades aplicadas na confirmação desta sua prepotência. É esse registo que narra, com todo o vigor, este belo e dramático álbum, "Terra Australis".

 
TOUR DE GÉNIE - É o 44.º álbum da série "Léonard", sob edição Lombard e com autoria de De Groot (argumento) e Turk (arte gráfica).
Até onde irão as hilariantes paranóias das invenções do sábio Léonard, sempre tão caprichoso e tão sádico para com o seu discípulo Basile?
Pois desta vez, Léonard, inventa a "volta à França em bicicleta", com tudo o que o ciclismo, que também agora inventa, pode englobar. É a loucura!... 
E claro, Basile é a forçada cobaia para todos os procedimentos, ante as divertidas observações do astuto gato Raoul e a participação neutra da cozinheira Mathurine (a ratinha Bernardette, desta vez, tem uma fugaz aparição).
Nesta obra, incluem-se ainda sete histórias muito curtas. Um álbum para ler e nos divertir.

EXODE - De há uns tempos a esta parte, os lendários vampiros humanos tornaram-se moda, no Cinema, na Televisão e na Banda Desenhada. Assim, os espanhóis David Muñoz (argumentista) e Manuel Garcia (no traço), encetaram a série "La Terre des Vampires", cujo primeiro tomo, "Exode", acaba de ser editado em França pela Les Humanoïdes Associés.
Ponto de partida (por acaso em Barcelona): de repente, o dia quase desaparece e tudo parece noite. A humanidade vai desaparecendo e os vampiros, sempre sedentos de sangue, dominam a Terra (pelo menos a Europa)... Quatro crianças e uma jovem que se vê forçada a zelar por elas, enfrentam este terrível pesadelo sobre a terra dos vampiros...

EN MODE COOL - Já conhecíamos a irresistível série "L'Èlève Ducobu", criação de Godi e Zidrou, contando as artimanhas de desastrosas consequências do cábula Ducobu, pelas Éditions du Lombard.
Mas, entretanto, uma editora concorrente, a Bamboo, ia publicando a pândega série "Les Profs" (já com 15 álbuns) por Erroc e Mauricet, donde uma recente longa-metragem, onde um digno concorrente de Ducobu aparece: é o cábula Thierry Boulard.
Impagável, a sua popularidade foi subindo a tal ponto que agora tem a sua própria série, "Boulard", cujo primeiro tomo tem por título, "En Mode Cool".
Embora parecidas, dado ao tema e ao estilo, são porém séries paralelas e, a nosso ver, séries que se complementam. Divertidíssimas, uma e outra série!

NEW  YORK - É o segundo tomo da estranha série "Black Stone", sob edição Glénat, com argumento de Corbeyran, traço de Éric Chabbert e cores de Luca Malisan.
Uma misteriosa "pedra negra" inquieta muita gente. E provoca situações bem insólitas...Como se cita na contracapa do álbum: "A magia provoca a ambição. A ambição provoca as trevas". Inquietante, não é?
A série vai continuar com o seu misterioso enredo e o belo grafismo de Chabbert.

A FILATELIA E A BD

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Tudo é Cultura e é saber!... Tudo é a força registadora da Humanidade, começando pelas diversas Artes (as convencionadas oficiais, onde se inclui a Banda Desenhada), mas também as adjacentes bem chegadas, como o Artesanato, a Culinária, o Coleccionismo, a Numismática, etc. Só os mais diversos políticos nada entendem e nada sentem pela Cultura, salvo raríssimas excepções... E não nos esqueçamos, jamais, que Pátria sem Cultura é nação sem alma...
Pois pela Filatelia, a Banda Desenhada tem sido bem lembrada. Duas artes (a primeira pela força do coleccionismo) que se associam e se honram!
Pelo mundo da BD, sabemos que o nosso mestre desenhista Artur Correia, é um apaixonado por tamanha "doidice". E o nosso amigo romeno, Dodo Nitá, o organizador dos salões-BD anuais na Roménia, é também um entusiasta filatelista, mas versando selos com a temática da Banda Desenhada.
Hoje e aqui, com pouco texto e mais ilustrações (as possíveis), registamos vários exemplos da BD na Filatelia por esse mundo fora...
É pois um positivismo que envolve quase todos os países, sobretudo no esquema "Walt Disney"... Topa-se, não se topa?
Em Portugal, pelos nossos correios, surgiram três séries: em 2000, foi editada a série "Snoopy"; em 2001, a série "100 Anos do Nascimento de Walt Disney" e, em 2004, "Heróis Portugueses de Banda Desenhada" e, nestes selos, se salientam as artes de Fernando Relvas, Luís Louro, Vítor Péon e Arlindo Fagundes, mas estamos em crer que estes parcos exemplos não foram os únicos...

Deixamo-vos com a sedução deste tema. Cá por nós (ou por mim, LB), bem gostaríamos de ter mergulhado nesta "paixão", como Artur Correia ou Dodo Nitá, mas... os anos decorreram e já se faz tarde. Lugar aos novos entusiastas, portanto!
LB


 

 


  
 



 

 

 

 

ENTREVISTAS (12) - ARTUR CORREIA

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Artur Correia
Para variar, começamos já com a entrevista propriamente dita, deixando para o final, o texto de apresentação ou de cariz biográfico.

BDBD - Com vasta e honrosa carreira pela Banda Desenhada, alguma vez se arrependeu de ter apostado por esta Arte?
Artur Correia (AC) - Nunca, jamais, em tempo algum, porque foi sempre a paixão da minha vida, desde os meus cinco anos.

BDBD - Tem seguido sempre a linha humorística. É difícil?
AC - É uma questão de predisposição. Desde muito novo, sempre gostei de ler autores humorísticos como André Brun, Armando Ferreira, Jerome K. Jerome, Enrique Jardiel Poncela e Wenceslau Fernandez Flores. Adorava ler as obras deles que certamente me marcaram. Mas também li autores mais sérios.Também fui muito marcado pelos filmes da Disney e daí o ter igualmente feito Cinema de Animação.


Artur Correia quando foi "Convidado de Honra"
no salão Moura BD, em 1994

BDBD - Acha que o nosso País o tem reconhecido, ou seja, tem dado valor ao seu talento e à sua obra?
AC - Acho que sim. E indico neste sentido, os Salões onde participei: Sobreda, Moura, Viseu, Amadora e Beja. São grandes pólos da BD em Portugal.


BDBD - E quanto ao pessoal das novas gerações, o que pensa?
AC - Vejo muita qualidade, muito espírito e muito talento, mas poucas oportunidades para serem divulgados. Mas a carência não está só nas edições. O público compra pouco. E a crise ainda veio aguçar mais este problema. E, sem desprimor para qualquer um, cito que gostei muito do álbum "Fado Ilustrado" do Jorge Miguel. Sendo uma obra séria, ele soube incutir uma correcta ironia no retrato de vários personagens.


Projecto de capa para "Lenda da Chanfana"
BDBD - Tem três álbuns abordando a culinária: "À Roda do Tacho", "Os Nabos na Cozinha" e "Lenda da Chanfana". Também gosta de cozinhar ou apenas de saborear o que sai do tacho?
AC - Eu nunca tive jeito para cozinhar. Já quando acampava, eu era uma autêntica nódoa. Mas aprecio um bom prato.

BDBD - O que está para ser editado de sua criação?
AC - Tenho vários projectos entregues na Bertrand. O primeiro é "O Abecedário dos Inventos", agora com mais e novas pranchas. Depois, "A Nau Catrineta" e o "Auto da Mofina Mendes".
Prancha 1 de "A Nau Catrineta" (inédito)
BDBD - E "As Guerras de Alecrim e Manjerona"?
AC - Penso acabar um dia... Desde que a minha mulher foi operada, afrouxei o trabalho, mas já tenho cerca de trinta pranchas elaboradas. A par desta história, estou também entusiasmado a fazer "A Donzela Vai à Guerra".

BDBD - De toda a sua obra feita, há alguma que seja a sua preferida?
AC - Sem dúvida, "A História Alegre de Portugal". E explica-se: foi feita com amor para o meu filho e nela se aprende e se diverte.

BDBD - O Cinema de Animação também marcou bem a sua criatividade, mas começou e morreu. Porquê?
AC - Morreu como morrem todas as coisas... Digamos que houve uma luta muito grande desde que acabámos, eu e o Ricardo Neto, os três episódios de "O Romance da Raposa". Fizemos um esforço para se conseguir apoio para "O Tesouro" do Eça e para a continuação de "Contos Tradicionais Portugueses", mas como eles não vieram, em 1994, "fechámos a loja". Desistimos por total falta de apoio.
"O Romance da Raposa" - série de animação realizada por Artur Correia e Ricardo Neto

BDBD - Afinal, como lhe surgiu a sério o caminho para a Banda Desenhada?
AC - A minha inclinação para a Banda Desenhada deve-se à influência de dois autores. O primeiro foi V. T. Hamlin, criador de "Brucutu", e o outro é o Fernandes Silva que, para mim, é o poeta do traço.

BDBD - Que mensagem quer deixar aos seus admiradores?
AC -Todo o meu carinho e amizade por tudo o que têm demonstrado pelo meu trabalho.

ARTUR Costa CORREIA nasceu em Lisboa a 20 de Abril de 1932. Ainda muito garoto, já tinha a paixão pelo desenho, pelo que sentiu sempre muito desagrado quando foi forçado a cursar para serralheiro mecânico na Escola Industrial Machado de Castro, dado que este curso nada tinha a ver com os seus ideais e a sua sensibilidade. E daí que, em tempos livres, logo se escapava para ir fazer desenhos para o jornal de parede "Alerta".
Teria os seus quinze anos, quando os seus primeiros trabalhos foram publicados no "Papagaio". Foi a chave de oiro com que abriu a porta para um universo maravilhoso e para uma bela e imparável carreira que viria a abranger não só a Banda Desenhada, como também, ilustrações soltas, cartunes, capas de revistas e o Cinema de Animação.
Jovem, chegou a jogar futebol e teve larga acção pelo Teatro amador. Profissionalmente, também foi litógrafo por algum tempo. 
"Cadernos Sobreda BD"
Porém, a sua carreira foi progredindo (e muito bem!) por uma extensa galeria de publicações: "Camarada", "Fagulha", "Cavaleiro Andante", "O Pajem", "Pisca-Pisca", "Mundo de Aventuras", "Fungagá da Bicharada", "Manchete", "Popular" (de Joanesburgo), "Zorro", "Foguetão" e, mais recentemente, para "Jornal de Almada", "Almada-BD Fanzine", "Shock", "Cadernos Sobreda-BD", "Alentejo Popular", etc.
Teve um gato, o "Pipoca", que muitas vezes lhe serviu de modelo para divertidos cartunes.
Foi homenageado nos Salões-BD da Sobreda, Moura, Viseu, Lisboa e Amadora. E também lhe foi dedicado um dos encontros da Tertúlia BD de Lisboa. Pelo Cinema de Animação, foi homenageado em Espinho, onde por largos anos, fez parte do Júri do respectivo Festival Internacional de Cinema de Animação. Elaborou o cartaz do salão "Sobreda-BD / 1992".
"O Roubo do Elefante Branco"
Para além de argumentos próprios ou de colaboradores próximos, também adaptou à Banda Desenhada, textos de famosos vultos da Literatura: Mark Twain ("O Roubo do Elefante Branco"), Aquilino Ribeiro ("O Romance da Raposa"), Gil Vicente ("Farsa de Inês Pereira" e "Auto da Barca do Inferno"), Manuel Pinheiro Chagas ("História Alegre de Portugal", 1.º tomo), tendo em elaboração "As Guerras de Alecrim e Manjerona" de António José da Silva.
A lista dos seus álbuns também é vasta, felizmente: "A Água Que Bebemos", "Esta Palavra Concelho", "Este Concelho de Oeiras", "As Aventuras de D. João e Cebolinha" (seguido de "A Seita da Cobra Verde" e "O Roubo do Elefante Branco"), os seis tomos da série "Histórias da Avozinha", "Era uma vez uma Águia"( história do Benfica), "Era uma vez um Leão (história do Sporting), "Era uma vez um Dragão" (história do F.C.Porto) - estes três últimos com texto de Manuel Dias -, "À Roda do Tacho", "Os Nabos na Cozinha", "O País dos Cágados" (edição dos autores, Artur Correia e o argumentista António Gomes de Almeida), "Lenda da Chanfana", "O País dos Cágados" (nova edição, a cores e aumentada, pela Bertrand), "O Romance da Raposa", "História Alegre de Portugal" (dois tomos, tendo o segundo, argumento de António Gomes de Almeida), "Os Super-Heróis da História de Portugal" (dois tomos) e  "Os Descobrimentos a Passo de Cágado" (também com textos de António Gomes de Almeida), tendo participado ainda no álbum colectivo "Salúquia", editado pela Câmara Municipal de Moura,.
Prancha de "Os Descobrimentos a Passo de Cágado"
No entanto, muitas histórias que criou, sobretudo para a "Fagulha" e para "O Pajem", aguardam a sua recuperação num honroso álbum (pelo menos um...). Citamos  alguns: "Madrepérola em Vaso", "Sua Alteza nos Bastidores", "Um Fantasma na Albufeira", "As Aventuras de Tufão", "O Moinho do Diabo", "Tufão no México", "A-Tchim", "O Pirilampo Agradecido", "O Filho de Robin dos Bosques", "O Neto de Robin dos Bosques", "Questões de Opinião", etc.
 
"Um Fantasma na Albufeira" e "O Moinho do Diabo" (revista "Fagulha", 1973)

 
"Sua Alteza nos Bastidores" e "Madrepérola em Vaso" (revista "Fagulha", 1973)

Pelo Cinema de Animação, incluindo algumas realizações publicitárias, começou na Telecine-Moro com Marcello de Moraes e, em Maio de 1973, com Ricardo Neto e Armando Ferreira, fundou a Topefilme. Algumas produções ganharam prémios em vários festivais internacionais, como em Annecy, Cannes, Veneza, Lisboa, Nova Iorque, Buenos Aires... Alguns filmes realizados: "Eu Quero a Lua " (ainda produzido pela Telecine), "O Caldo de Pedra" ou "Bolinha e os Sete Meninos Maus".


"O Caldo de Pedra" (Topfilme Produções; realização de Artur Correia)

Registamos as suas palavras, no final da entrevista:
"A minha maior satisfação é saber que toda a minha vida profissional foi feita por aquilo que eu mais gostava: desenhar. A Banda Desenhada e o Cinema de Animação foram os meus dois amores, que me foram depois gratos pelas distinções e amizades que reconheceram o meu trabalho. Às amizades dou o maior valor e quanto às invejas, posso bem com elas!"
Muito obrigado, Artur Correia, pelo seu talento, pela sua obra, pelo seu constante humor e pela sua amizade. Que esta Pátria cinzenta em que vivemos, saiba, mais cedo ou mais tarde, honrar a sua pessoa e o que de tão positivo por ela fez e continua a fazer.
LB

"O Pirilampo Agradecido" (revista "Fagulha, 1973)

 
"Aventuras de D. João e Cebolinha", na colecção
"Antologia da BD Portuguesa" (Edições Futura)

"Era uma vez um Dragão", "Era uma vez uma Águia" e "Era uma vez um Leão" - a história
dos três grandes clubes portugueses, com argumento de Manuel Dias (Edições ASA)
"O Páis dos Cágados", com texto de António Gomes de Almeida
(edição de autor, com miolo a preto e branco)

"O País dos Cágados" (edição a cores e aumentada - Bertrand Editora)


 
"O Romance da Raposa", adaptação da obra de Aquilino Ribeiro
 (Bertrand Editora)

"Auto da Barca do Inferno" (Bertrand Editora)


HERÓIS INESQUECÍVEIS (18) - DAN DARE

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De início, esta série devia ter uma heroína, Dorothy Dare, mas o seu desenhista-criador, Frank Hampson (1918-1985), logo optou por um personagem principal masculino, Daniel Mac Gregor, mais conhecido por DAN DARE, coronel das forças intersiderais da ONU.
A primeira prancha de Dan Dare,
no n.º 1 da revista "Eagle"
(14.04.1950)
Claro que Hampson  tinha o directo e entusiasta apoio do reverendo Marcus Morris, não só no argumento mas também como fundador e director da revista inglesa "Eagle". É pois nesta, no primeiro número (a 14 de Abril de 1950) que se estreia "Dan Dare, o Piloto do Futuro". 
As aventuras localizam-se nos inícios do século em que estamos, mas claro que nos anos 50 não se calculava devidamente como seriam as realidades em 2013.
O êxito foi tremendo e imediato, não tardando que também fosse editado na Holanda, Itália, França, Jugoslávia, Portugal, etc. Daí que os autores não ficassem sozinhos e fossem forçados a criar uma equipa de colaboradores como, Harold Johns, Frank Bellamy, Keith Watson, etc. Até o famoso escritor Arthur C. Clarke deu o seu apoio, como consultor científico.
Alguns dos personagens da série "Dan Dare"
Por sua vez, Dan Dare tem os seus fiéis companheiros Albert Fitzwilliam Digby, Hank Logan, Pierre August Lafayette e a bela Jocelyn Mabel Peabody, entre outros. O seu principal inimigo é o terrível e manhoso venusiano Mekon.
Em 1969, a "Eagle" suspende a publicação. Dan Dare já se publicava também na "People". Em 1982, a "Eagle" reaparece e retoma a série com outros responsáveis. Mas já nada tinha a ver com os triunfos dos anos 50. As reedições foram-se sucedendo. Os efémeros novos episódios eram fracassos, como em 2008, com argumento de Garth Ennis e desenho de Gary Erskine, pela "Virgin Comics".
Ficou a brilhante nostalgia de Marcus Morris-Frank Hampson e seus primeiros colaboradores.
Em Portugal, Dan Dare, foi avulsamente publicado nas revistas "Titã" (1955), "O Falcão" (1959), "Foguetão" (1961), "Cavaleiro Andante" (1962) e "Mundo de Aventuras Especial" (1978, 1981 e 1982). No "Foguetão" e no "Cavaleiro Andante", cometeram o disparate de denominar o herói como Capitão Marte em vez do seu nome original, Dan Dare! Manias da época!...
 
Dan Dare como "Capitão Marte" no "Foguetão" e no "Cavaleiro Andante"

Desde os princípios da série que surgiram clubes de fãs e até um folhetim radiofónico foi criado pela Radio Luxembourg. 
Em 2001, surgiu a série televisiva "Dan Dare, Pilot of the Future", com realização coordenada por Colin Frewin, Kevin Gendreau e Chris Zapara.

"Dan Dare, Pilote of the Future"

Dan Dare também foi protagonista de uma série de anúncios televisivos, patrocinados pela Mobil.
LB
Dan Dare num anúncio televisivo da Mobil

Dan Dare na revista inglesa "Eagle" (anos 50)

 
Dan Dare nas revistas "Titã" e "Mundo de Aventuras Especial"

"Mundo de Aventuras Especial", n.º 20 (Abril de 1978)

 

 

Os 60 anos de Aventuras de Dan Dare, no Boletim do CPBD (Setembro de 2010)
Frank Hampson (1918-1985) com o Troféu "Yellow Kid" que recebeu
no famoso Salão de Lucca (Itália), em 1975.

NOVIDADES EDITORIAIS (38)

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LE DERNIER PHARAON - Edição Casterman. Autores: Valérie Mangin (argumentista) e Thierry Démarez (grafismo), segundo os personagens criados por mestre Jacques Martin.
"Le Dernier Pharaon" (O Último Faraó), é o segundo e tão esperado tomo da série "Alix Senator". Tomo sumptuoso, belo, magnífico e de grande força dramática, com um Alix cinquentão e com o cargo de senador de Roma.
Em missão quase policial, o senador Alix Gracchus (acompanhado de seu filho Titus e de Khephren, filho de Enak), desloca-se a Alexandria por ordem do imperador Augusto, onde deverá descobrir o que é feito do general romano Quintus Rufus que, politicamente, terá contas a ajustar com Roma. Mas Alix aproveita investigar também sobre o assassinato de Cesarion (o filho de Júlio César e Cleópatra) e do seu amigo íntimo, Enak, crimes muito provavelmente cometidos pelo sinistro Rufus. Porém... e se Enak  e Cesarion ainda estiverem vivos?
Claro que esta série paralela à original não termina aqui, pois já se anuncia um terceiro tomo. De resto, é uma série de imperdível leitura.

MAÎTRESSE - Edição Lombard. Autores: Jean Van Hamme e Alcante (aliás, Didier Swysen) no argumento, Francis Valles (traço) e Christian Favrelle (cores).
"Maîtresse" (Amante) é o 4.º tomo da belíssima série "Rani", que já deu para uma muito aplaudida sérieTV... em França.
Pelos anos de 1700, Jolanne de Valcourt, ignobilmente traída pelo seu ambicioso meio-irmão, escapa à pena capital, mas é deportada para a então Índia francesa.
A sua odisseia é plena de duras aventuras, mas ela, agora Rani, tem toda a coragem deste mundo...
Série para aplausos imensos!

LE TEMPS DE VIVRE - Edição Futuropolis. Autores: Stéphane Piatzszek (argumento) e Séra (aliás, Ing Phoussera) na arte gráfica. Uma obra terrível, na linha "tomo único", com um argumento fortemente sufocante e com o admirável e peculiar grafismo de Séra (programamos para breve uma entrevista com ele).
Pois esta recente obra anuncia-se como "um romance negro, muito negro, e violento, muito violento, num bairro de subúrbio...". Todo um descarnado retrato de um lugar vazio, onde todas as cruezas e aspectos sórdidos acontecem. E mesmo assim, por aqui acontece o amor dos personagens Séva e Mona.
E, curioso: na prancha 22, na quarta vinheta (toda a prancha está localizada num café-bar), por cima de uma máquina de tirar café, lá está, bem evidente, um cachecol de Portugal!

L'EMPIRE DES QUATRE QUARTIERS - Editora Glénat. Autores: argumento de Laurent Granier e Le Bollée, e traço de Lionel Marty.
Fantasioso ou não, de qualquer modo, pergunta-se: como funcionava o ambiente sócio-político-religioso pelos povos andinos (América do Sul) em vésperas (e não só) da chegada dos cruéis e ambiciosos "conquistadores" espanhóis?
"L'Empire des Quatre Quartiers"é o primeiro tomo da série "Inca", que relata a amarga e sofrida sobrevivência do jovem Amaru, dito "eleito pelos deuses a fim de unificar o povo inca". Tal como o bíblico Moisés, ele é achado nas mesmas circunstâncias. Depois... depois segue a sua sérieBD.

UNIONS - Edição Lombard. Autores: Ozanam (argumento) e Joël Jurion (grafismo). "Unions" é o terceiro e pressupostamente o último, tomo da série "Klaw".
Uma série ousada, violenta e insólita, que nos entusiasma desde o início...
"Klaw"é um alto mistério, tem a força de aspectos um tanto confusos e é, também, uma invulgar série de Banda Desenhada.

CALAFRIOS! #1 - Nova revista BD grátis!

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Capa do nº. 1 da revista Calafrios! com
desenho de Bernard Baily
Algumas das melhores histórias de terror publicadas nos E.U.A., nos anos 50 do século passado, têm agora excelente oportunidade para serem lidas por muitos apreciadores deste género e, ao mesmo tempo, serem descobertas por uma faixa de leitores mais novos.
É esse o objectivo da revista onlineCalafrios!, editada por Filipe Azeredo que, no seu blogue "A Filactera", a disponibiliza - de forma gratuita! - em vários formatos (PDF, ISSUU ou CBR).
As histórias que compõem o primeiro número ("O navio fantasma", "O cadáver que veio jantar" e "O monstro do pântano") têm como autores nomes sonantes da BD de terror como Alex Toth, Mike Peppe, Reed Crandall ou Basil Wolverton e foram todas publicadas antes da entrada em vigor do selo da Comics Code Authority (que, como sabemos, viria a impor várias restrições aos comics, a partir de 1954).
Apesar de algum excesso no contraste de cores (a calibragem dos monitores de cada leitor será sempre um handicap para projectos destes), Filipe Azeredo merece, sem dúvida, todos os elogios por esta iniciativa que, a continuar (prevê-se que a Calafrios! lance o número 2 no próximo mês) fará, com toda a certeza, as delícias dos apreciadores das velhas histórias de terror.
A tradução é de Ana Patrícia Azeredo.
Podem ler ou fazer o dowload da revista aqui.
CR

NOVIDADES EDITORIAIS (39)

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NAMIBIA / 4 - Edição Dargaud. Argumento de Rodolphe e Leo, e arte gráfica de Bertrand Marchal.
Um belo entusiasmo de leitura para os bedéfilos. Coisas muito estranhas acontecem  nessa região africana: insectos gigantes, o envelhecimento precoce das populações, o cruel nazi Göering que aparece como que ressuscitado, extraterrestres e discos voadores, um místico que se eleva nos ares...
Com ingredientes misturando o fantástico com a realidade histórica, todo o enredo é uma trepidante intriga de espionagem. A ler!

JE VOUS AI COMPRIS - Edição Casterman. A autoria é de Frank Chiche e Georges Freury, numa adaptação a BD, no estilo das antigas fotonovelas, do filme homónimo de Chiche.
Uma obra dramática muito interessante localizada nas convulsões sócio-políticas na Argélia/1961, quando do golpe militar dos generais Salan, Challe, Jouhaud e Zeller...
Entre a França-mãe que recusa este golpe de estado, os militares revoltosos a as forças argelinas que pugnam pela independência, os conflitos acontecem com a devida violência e uma série de execuções.

LA BÊTE DE L'APOCALYPSE - Edição Glénat. Com argumento de Rodolphe, traço de Lucien Rollin e cores de Jean-Jacques Chagnaud. E a proposta desta obra resume-se a duas questões inquietantes:
- E se a famosa Tapeçaria do Apocalipse, encomendada em 1373 por Louis I, Duque de Anjou, escondesse um terrível segredo, dissimulado através de tantos séculos nos seus motivos de fios e dourados?
- Um segredo capital, focando o nosso futuro, o porvir do nosso mundo, e que ninguém conseguiu ainda descriptar. Ninguém?!...

MORGANE LA ROUGE - Edição Dargaud. Argumento de Rodolphe e arte gráfica da espanhola Raquel Alzate.
"Morgane la Rouge"é o segundo tomo da trilogia "La Ville d'Ys", tudo com base na lenda medieval bretã que envolve a mítica cidade de Ys.
À beleza enfeitiçante da arte gráfica de Raquel Alzate, junta-se o cativante argumento de Rodolphe, onde se esclarecem alguns aspectos da lenda.

L'ÉGYPTE AU FIL DU NIL - Edição Casterman. Com texto e fotos de Rafael Morales e ilustrações de Leonardo Palmisano e Rafael Morales, é um tomo inserido na série "Les Voyages d'Alix", iniciada por mestre Jacques Martin.
Não é propriamente uma obra de Banda Desenhada, mas colada a esta, didáctica e bem instrutiva sobre o Antigo Egipto, onde Alix Enak aparecem como "turistas".
Este tema - o Egipto - surgiu pela primeira vez em três álbuns, estando agora a ser reeditado, com novos capítulos, para um díptico.

BD E HISTÓRIA DE PORTUGAL (4) - AS APARIÇÕES EM FÁTIMA

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Que estranho fenómeno aconteceu em Fátima a 13 de Maio de 1917, fenómeno esse que se seguiu, sempre pela mesma data, até 13 de Outubro, então numa manifestação espectacular, quiçá também assustadora, ante o testemunho de uma incontável multidão?
Atribuir tal a uma ousada fabricação "made in Vaticano" e que o 13 de Outubro foi uma "alucinação colectiva"(?!), parece um pensar demente. A própria Igreja Católica andou com um certo pânico nos primeiros tempos... Não haveria, no Vaticano, cérebros tão "avançados" capazes de idealizar e pôr a funcionar tamanha encenação.
Que a mãe de Cristo se tenha incomodado a vir dar uma mensagem a três pastorinhos analfabetos (os irmãos Jacinta e Francisco, mais a prima Lúcia), é altamente perturbante!.. E isso, obviamente, provoca-nos uma data de questões pertinentes às leis da Cristandade e à própria Divindade Criadora...
Outros, ditos investigadores e muito próximos da ficção científica, afirmam que as aparições em Fátima foram abordagens de extraterrestres que os famosos pastorinhos na sua ingenuidade, tomaram pela Virgem Maria, tanto mais que, parece, só Lúcia é que via e dialogava com a aparição...
Fosse o que fosse, de 13 de Maio a 13 de Outubro, sempre neste dia, de 1917, algo de muito enigmático terá acontecido em Fátima. O que foi?! Nenhuma opinião, seja de católicos seja de ateus, acerta com alguma certeza. Depois, claro, o Vaticano e outras correntes cristãs aproveitaram-se disso e no que se tem vindo a dar através dos tempos. Até os islâmicos tentaram aí meter o bedelho, embora sem resultado algum.
O Cinema abordou algumas vezes este fenómeno das "Aparições", a saber: em 1951, o espanhol Rafael Gil realizou "Nossa Senhora de Fátima" (La Señora de Fatima); em 1952, foi a vez dos norte-americanos com o filme "Milagre de Fátima" (The Miracle of Our Lady of Fatima), com realização de John Brahm; em 1991, tocou a vez aos franceses com "Aparição", uma coprodução luso-francesa realizada por Daniel Costelle; depois, em 1997, "Fátima", por Fabrizio Costa, que pode ser considerada uma co-produção de Portugal com a Itália, contando com os nossos actores Joaquim de Almeida, Catarina Furtado e Diogo Infante. 
Um filme português que classificamos de "tangente" ao tema, foi realizado em 1943 por Jorge Brum do Canto, "Fátima, Terra de Fé".
Também a Banda Desenhada não ficou alheia a este inexplicável acontecimento. Até ao momento, conseguimos apurar as seguintes versões:

1 - A 12 de Abril de 1962, a revista belga "Spirou" n.º 1252, publicou em quatro pranchas, sob argumento de Octave Joly e arte gráfica de mestre Eddy Paape, LE SOLEIL DANSE A FATIMA, versão que, cremos, se mantém inédita em português.
 
"Le soleil danse a Fatima" por Eddy Paape e Octave Joly ("Spirou" belga, nº. 1252)


2 - FÁTIMA, em quatro pranchas, com argumento de Yves Duval e traço de Fernand Cheneval, publicada no n.º 15 da revista "Pisca-Pisca" (Maio de 1969) e, posteriormente, no n.º 448 do "Mundo de Aventuras", a 13 de Maio de 1982, com capa de Augusto Trigo.

 
Pranchas 1 e 4 de "Terra eleita de Nossa Senhora - Fátima",
por Yves Duval e Fernand Cheneval ("Mundo de Aventuras", nº. 448)


3 - FÁTIMA, álbum editado pela extinta Futura, com 24 pranchas a preto-e-branco, sob o magnífico traço do nosso saudoso mestre da BD, Eduardo Teixeira Coelho.
 
"Fátima", por Eduardo Teixeira Coelho (Editorial Futura, 1985)


4 - As Éditions du Signe publicaram, em 1992, o álbum "Fatima - Les Petits Bergers de Notre-Dame" (Fátima - Os Pastorinhos de Nossa Senhora), com texto das Missions Consolata, desenho do italiano Carlo Marcello e cor de Isabelle Rognoni.

 
Capa e prancha inicial do álbum "Fatima - Les Petits Bergers de Notre-Dame"
(Éditions du Signe, 1992)

5 - Artur Correia (desenho) e António Gomes de Almeida (argumento) também incluíram este episódio no segundo tomo da História Alegre de Portugal.
 
 História Alegre de Portugal II, de Artur Correia e António Gomes de Almeida
(Bertrand Editora, 2003)

6 - A canadiana (de origem indiana) Mitchelle de Souza, continua a produzir, desde Agosto de 2010, uma banda desenhada, em estilo mangá, sobre esta temática. Neste momento tem publicadas no seu blogue fatimakids.com cerca de 50 pranchas.

 
Pranchas 1 e 43 de "The Fatima Story", de Mitchelle de Souza

7 - De autor desconhecido temos "El milagro de Fátima", uma versão em duas pranchas, produzida no México e publicada no Equador, que encontrámos aqui e que a seguir reproduzimos, com a devida vénia.

 
"El Milagro de Fátima"

8 - De autor não identificado (embora, pelo texto se perceba que se trata de uma edição brasileira), existe uma versão a preto e branco, que pode ser consultada aqui .


 
Pranchas 1 e 23 de uma história cujo autor não conseguimos identificar


9 - O italiano Giosuè Tacconi desenhou, em quatro pranchas, (sob argumento de Robero Lanzilli) para as edições Renoir Comics de Milão a história "I Pastorelli di Fatima" (que pode ser vista no seu sítio na net).


 
Pranchas 1 e 3 de "I Pastorelli di Fatima", de Giosuè Tacconi e Robero Lanzilli
(Edições Renoir Comics)

Haverá, certamente, outras versões BD sobre este extraordinário acontecimento, espalhadas pelas muitas publicações cristãs que existem pelo mundo, mas seria de todo impossível apresentarmos tudo o que existe. 
Algumas dessas versões podem ser vistas no excelente blogue de Jorge Magalhães (ogatoalfarrabista.wordpress.com), que também dedicou um post a esta temática.
Fica este registo, 96 anos depois de ter ocorrido a última das "aparições".

NOVIDADES EDITORIAIS (40)

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JOÃO DE DEUS, A MAGIA DAS LETRAS - Edição Âncora. Autor: José Ruy. 
Álbum muito bem conseguido que narra a biografia de João de Deus, notável pedagogo, poeta e humanista da nossa Pátria. Merecia bem uma obra como esta e o nosso imparável mestre José Ruy ousou (e muito bem!) levar esta ideia para diante. Pela sua força didáctica, é uma obra para figurar e ser lida, pelo menos, em todas as escolas de Portugal. Já existe, também, uma edição em mirandês. 


LE SECRET DU BONHEUR - Edição Lombard. Com argumento de Stephen Desberg e arte gráfica  de Dan Panosian, "Le Secret du Bonheur"é o primeiro tomo da série "John Tiffany". Este, é um aventureiro rico e audacioso que tem como profissão ser caçador de prémios. Vivos ou mortos, apanha sempre qualquer tipo de meliante. Em todo o caso, não se livra, também ele, de ter a cabeça a prémio. Obra com muita acção e com bastante erotismo.


 
LA FLEUR DU SOUVENIR - Edição Lombard. Argumento de Serge Le Tendre, traço de Jérôme Lereculey e cores de Stambecco. É o segundo tomo da série "Golias".
Ficcionada algures pela Gécia Clássica, o príncipe Golias, traído pelo seu sinistro tio Polynos, vai tentar encontrar a rara "flor da recordação" para salvar seu pai, o rei Farstal, devendo ainda livrar-se dos instintos cruéis do usurpador e proteger a sua irmã Aerénea. Nesta epopeia, Golias é acompanhado pelo seu amigo de infância Konios, o velho mago Sarhan e a sua própria irmã que também terá perdido a memória...
Frisa-se aqui, a bela arte gráfica.


 
LE TEMPS DU DESERT - Edição Casterman. Criação de Denis Barjam, com momentos gráficos bem espectaculares, "Le Temps du Desert", é o primeiro tomo da série "Universal War Two", agora no segundo e autónomo ciclo.
Lá muito para diante do nosso actual tempo, quase já não há vida na Terra. No sistema solar, é em Marte que reside uma certa humanidade - humanidade esta que é descendente de populações terráqueas. Mas o Sol está a apagar-se e coisas terríveis e misteriosas estão assustadoramente a acontecer no Cosmos...

SOUVENIRS DE FUTURS - Edição Dargaud. Autores: Pierrre Christin (texto) e Jean-Claude Mézières no grafismo. Este álbum da série "Valérian", é uma recapitulação dos grande momentos das aventuras de Laureline e Valérian. Os episódios são recordados pelos dois principais heróis da série e ainda, pelos três desastrados passarocos, os Shingouz. Notável: as aguarelas de Mézières, de duas páginas ou página e meia, que intercalam os episódios recordados.

HERÓIS INESQUECÍVEIS (19) - PRUDENCE PETITPAS

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Ora aqui está um caso muito especial e "muito bem tido e achado" pelo seu criador, o belga Maurice Maréchal (1922-2008), na galeria de heróis-BD: PRUDENCE PETITPAS.
Maurice Maréchal (1922-2008)
Será uma octogenária franzina, porém bastante activa, corajosa e justiceira. A bandidagem deve acautelar-se bem com as suas investigações e acções anti-crime.
A série apareceu pela primeira vez a 7 de Maio de 1957, na edição belga da revista "Tintin". Em Outubro desse ano, iniciou-se também na edição francesa e até, um tanto mais tarde, surgiu igualmente na edição portuguesa desta mesma revista, bem como, algum tempo antes, num Número Especial do "Cavaleiro Andante" e na revista "Zorro".
Deu azo, bastante tempo depois, a episódios televisivos em Cinema de Animação (com o título "A Avó Detective"), que foram exibidos por cá na RTP 2 e no Canal Panda.

"A Ilha do Diabo" - episódio da série "A Avó Detective"

Com histórias curtas e longas, editaram-se sete álbuns (dois destes na versão integral) pelas Éditions du Lombard.
Na origem, pela revista "Tintin", a série foi publicada até 1967. Em 1984, e até 1987, reapareceu na revista "Spirou".
Maurice Maréchal teve, por vezes, a colaboração de colegas seus: no argumento, de Raymond Macherot, René Goscinny, Greg, Mitteï, Didjé e Jiem; e no grafismo, de Mitteï e Seron.
Prudence Petitpas só usa, eventualmente, uma arma: o seu "temível" guarda-chuva!... Como seus aliados e cúmplices, conta com o seu inseparável e fiel gato Stanislas, o velho guarda florestal Cyprien, pouco inteligente e atávico inspector de polícia Robur Duroc e um grupo de garotos liderados por Jojo.
Destemida e incapaz de vacilar, Prudence, acaba sempre por meter nos eixos quem deles se desvia. Tudo, claro, com muito humor à mistura.
Não consta, infelizmente, a edição em português de qualquer álbum desta série... o que acaba por não ser surpresa nenhuma...

 

 

Uma bela capa desenhada por Maréchal para o álbum "Gare aux Ancêtres!"
Prudence Petitpas também foi capa na revista Tintin portuguesa 
"Prudence Petitpas e os Carros Fantasma" (revista Tintin, 01.05.1982)

 

"O Rallye dos Calhambeques" (revista Tintin)


NOVIDADES EDITORIAIS (41)

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SIN PIEDAD - Edição Lombard. Autor: Joachim Diaz. "Sin Piedad"é o primeiro tomo da série "Harden". Sufocante, avassalador e belo, quanto baste.
Ismael alistou-se no exército norte-americano para fugir à violência dos gangs  de Los Angeles. De regresso ao seu país, ele procura fugir. Fugir da vida do gueto. Fugir das suas suas recordações no Iraque. E fugir do monstro que parece roer a sua consciência, desde Bagdad. É um monstro que lhe confere uma força sobre-humana, alimentada apenas pela sua raiva...

 
ARDÍNIA E D. TEDON - Edição Quartzo. Este é o segundo álbum da autoria do jovem Pedro Emanuel, residente na cidade de Viseu. Com notória melhoria da sua arte gráfica em relação ao primeiro álbum ("O Magriço"), o argumento baseia-se numa lenda medieval da região do Tabuaço, contando uma história de amor, quase impossível, da bela moira Ardínia e do cavaleiro cristão D. Tedon.
Continua, Pedro Emanuel!

 
ORPHELIN D'ANTARCIE - Edição Les Humanoïdes Associés. Argumento de Alain Paris, arte gráfica de Val (aliás, Valérian Taramon) e capa de Christian Hojgaard.
"Orphelin d'Antarcie"é o primeiro tomo da série "Jaemon", que irá até ao quarto álbum. O grafismo de Val é muito interessante, mas o argumento de Alain Paris, quase macbetheano, é mais sedutor: "Doze mil anos antes da nossa Era... Sobre o continente antárctico, livre dos gelos, dilatava-se uma grande civilização sob um clima propício... E então, chegou Jaemon, bastardo do rei de Antarcie, que trazia com ele a marca dos antigos Atlantes...".

LES SACRIFIÉS - Edição Lombard. Autores: Jean Dufaux (argumento) e Yacine Elghorri (arte gráfica). Primeiro tomo da trilogia "Medina".
Uma narrativa trepidante, com beleza e elegância gráfica. O tema? Este localiza-se num futuro da Terra, com políticas e situações completamente mudadas, pois o Apocalipse já terá talvez acontecido... A cidade de Medina tornou-se no derradeiro bastião da Humanidade em luta contra os Drax, aterradoras e infecciosas criaturas de pesadelo. Conseguirão os humanos controlar e vencer essa pavorosa espécie?

L'ENFANT STALINE - Edição Casterman. Segundo a série "Lefranc" criada por Jacques Martin, Thierry Robberecht e Régrig, apresentam-nos agora o 24.º tomo, "L'Enfant Staline".
Na então União Soviética, algumas poderosas figuras tentam clonar o ditador José Estaline numa criança devidamente escolhida. Assim, quando o ditador morresse, este acabaria por continuar através do seu clone. Ideia um tanto absurda, numa rocambolesca narrativa em que Guy Lefranc se vai ver envolvido e tentar salvar o jovem que está a ser manipulado com "avançadas tecnologias".
O argumento, embora débil, suporta-se. O grafismo trai bastante o traço de mestre Martin.

PELA BD DOS OUTROS (9) - A BD DA CROÁCIA

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Localização da Croácia na Europa
A Croácia é o 28.º país da União Europeia, onde se integrou oficialmente a 1 de Julho de 2013. República situada na região mais conflituosa da Europa, os Balcãs, tem por capital Zagreb. 
Desejando aderir ao Euro, mantém por enquanto como moeda, o kuna. O idioma oficial é o croata e a principal fonte de receita o turismo, para além de outras indústrias. Com uma História rica, cheia de altos e baixos, o actual estado tornou-se independente (mais uma vez) a 8 de Outubro de 1991, após o desmembramento da Federação da Jugoslávia.
Nação  com alta força cultural em diversas vertentes, também aqui consta a sua notável Banda Desenhada. Os seus principais valores são:

ANDRIJA MAUROVIC (1901-1981), considerado o "pai da Banda Desenhada Croata". Viveu alguns anos juvenis na Polónia. Ilustrador e caricaturista, criou a sua primeira banda desenhada em 1935, que foi publicada num jornal de Zagreb. Adaptou obras literárias de Jack London, Leon Tolstoi, H.G.Wells, etc. 
Várias criações suas foram publicadas noutros países.
Arte de Andrija Maurovic

ZARKO BEKER, nascido em 1936. 
Deixou incompleto o seu curso de Arquitectura para se dedicar à Banda Desenhada. Abandonou esta Arte em 1956 para se dedicar ao Cinema de Animação, mas alguns anos depois, regressou à BD.
Arte de Zarko Beker

DAMIR ZITKO. Não temos algum dado biográfico sobre este desenhista, excepto que elaborou primorosamente para a francesa Éditions Delcourt, quatro álbuns da série "A Bíblia".
"A Bíblia", por Damir Zitko

DANIJEL  ZEZELJ, nascido em 1966. Foi editado em diversos países dos estados da ex-Jugoslávia, em Inglaterra, Suíça, França, Itália, Bulgária, Holanda e Estados Unidos. Viveu alguns anos em Londres, depois em Itália e por fim, em 1995, foi residir para os Estados Unidos, onde mantém assídua colaboração para a DC Comics.
Arte a preto e branco de Danijel Zezelj


DARKO MACAN, nascido em 1966. Estudou História e Arqueologia. Cedo começou a sua intensa actividade como desenhista e, algumas vezes até, como argumentista.  
Sob o pseudónimo de Cecile Quintal, escreveu ensaios sobre a Banda Desenhada. 
Nos Estados Unidos, há colaboração sua para a Disney e para a Marvel.
Arte de Darko Macan


GORAN SUDZUKA, nascido a 1 de Janeiro de 1969. Em 1989 começou a trabalhar para o estúdio de animação Zagreb-Film e iniciou a publicação das suas primeiras bandas desenhadas. Para além da sua Croácia, também
tem trabalhos seus editados na Alemanha, França e Estados Unidos, onde chegou a receber o Prémio Russ Manning pela série "Outlaw Nation", em parceria com Jamie Delan.
Arte de Goran Sudzuka


E temos por fim, IGOR KORDEY, que é talvez o mais célebre e mais internacional dos desenhistas croatas. Após uma carreira marcante no seu país e já com trabalhos seus editados em França ("Diosamante", etc), resolveu ir correr mundo e encontrar (e praticar) novas experiências... Começou pelo Canadá e a seguir integra-se com trabalhos de vulto nos Estados Unidos (sobretudo para a Marvel). Por volta de 2006, tornou ao mundo franco-belga da BD, onde mantém assídua actividade criativa em especial para as Éditions Delcourt ("Empire", "L'Histoire Secrète", etc).
Prancha de Igor Kordey ("Les Miserables") 
 

Muitos outros valores existem na Banda Desenhada da Croácia, mas aqui, focamos apenas os seus "sete magníficos"...

NOVIDADES EDITORIAIS (42)

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LE POISON D'ÉBÈNE - Edição Dargaud. Argumento de  Pierre Boisserie e Philippe Guillaume, e traço de Erik Juszezak. Depois de uma primeira temporada (com seis álbuns), com "Le Poison d'Ébène" se inicia uma continuação da série "Dantès", que já nada tem a ver com a adaptação aos momentos actuais do clássico "O Conde de Monte-Cristo".
Desta vez, o combate à corrupção torna-se mais intenso, a par de uma corajosa defesa de aspectos ecológicos num país africano fictício, o Costa de Ébano, que nos faz imaginar que pode ser uma indirecta à Costa do Marfim ou algum país vizinho da região...

 
BRUNO BRAZIL, INTÉGRALE 1 - Edição Lombard. Argumentos de Greg e arte de William Vance. Precedido de um precioso dossiê realizado por Jacques Pessis, este tão esperado primeiro integral de Bruno Brazil, engloba as narrativas "O Tubarão Que Morreu Duas Vezes" (Le Requin Qui Mourut Deux Fois), "Brigada Caimão" (Commando Caïman), "Os Olhos Sem Rosto" (Les Yeux Sans Visage) e
"A Cidade Petrificada" (La Cité Pétrifiée). A coleccionar, estes extraordinários integrais, que deverão comportar um total de três tomos!...
Em simultâneo com a edição francófona, surgiu também uma edição em italiano pela Nona Arte Bédé.

PETIT TOUR AVEC MALCOLM - Edição Lombard. Argumento de Iuri Jigounov e arte gráfica do mesmo artista russo Jigounov e Chris Lamquet. "Petit Tour Avec Malcolm"é o 12.º tomo da tão apreciada série "Alpha".
Acusado de traição pela CIA, Alpha está em fuga. Como provar a sua inocência quando é perseguido por todos os agentes secretos do mundo? E, sobretudo, será que Alpha está tão inocente como ele quer fazer crer? A ver vamos!...

 
LES ENFANTS DU DOGE - Edição Dargaud. Argumento de Zidrou (aliás, Benoit Drousie) e grafismo do italiano Matteo (aliás, Matteo Alemmano). "Les Enfants du Doge"é o primeiro tomo da série "Marina".
Por volta de 1342, Marina Dandolo, filha do Doge de Veneza, deve ser trocada pelo filho mais novo do Sultão turco, para assim se selar a amizade entre o Império Turco e a Sereníssima Veneza. Mas uma traiçoeira acção de ferozes piratas, transtornam cruelmente toda esta ambicionada troca.
Em momentos intercalados desta narrativa e nos dias de hoje, o investigador Prof. Federico Boccanegra, tenta decifrar este terrível enigma...

 
CELLE QUI FUT - Edição Lombard. Autor: o suíço Cosey (aliás, Bernard Cosandey). "Celle Qui Fut"é o décimo sexto tomo de "Jonathan", considerada já, uma "série de culto". Desta vez, a acção localiza-se na Índia e, na vez da filosofia budista, deparamos com certos aspectos do hinduísmo, sobretudo no que se refere a Kali, a deusa do tempo e da morte.
O regresso de Jonathan merece bons aplausos.


ASTÉRIX ENTRE OS PICTOS - Edição Asa. Este é o 35.º álbum da tão delirante e popular série "Astérix", criada pelo saudoso René Goscinny e Albert Uderzo, que tem agora dois novos autores, os sucessores dos originais: Jean-Yves Ferry (argumento) e Didier Conrad (traço), com Thierry Mébarki, Murielle Leroi e Raphaël Delerue como responsáveis pela côr.
Saíram-se bem, Ferry e Conrad, para esta estreia de alta responsabilidade. O argumento volta a ser muito divertido, atendendo a situações equívocas e a caprichadas alusões ao futuro, enquanto o traço de Conrad em nada trai o de
Uderzo.
Uma nota especial ao impagável momento das eleições para o novo rei dos Pictos, da prancha 35 à 41.
Um grande aplauso aos continuadores da série e à editora Asa, que publicou este álbum em simultâneo com a congénere francesa.

AMADORA BD 2013

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Teve início no passado 25 de Outubro e encerra no próximo dia 10, a 24.ª edição do já famoso Festival Internacional de Banda Desenhada da Amadora. Quem ainda lá não foi, está a bom tempo de o visitar.
Muitos espaços a convidar a atenção dos visitantes, mas mantém-se a variedade dos locais das exposições, o que, a nosso ver, dificulta a curiosidade dos visitantes, sobretudo para aqueles que não residem na Amadora e mais ainda, àqueles que não têm transporte próprio... Compreendemos que se queira com este sistema valorizar e mostrar a cidade, mas, porém, todavia, contudo...
De resto, o quase total afluxo dos visitantes reduz-se praticamente ao Fórum Luiz de Camões (na Brandoa), onde converge o panorama  das bancas de vendas, o sítio dos sempre tão procurados autógrafos e onde melhor se marca a ocasião de encontros e convívio. E depois, há ainda o velho teatro Recreios da Amadora, onde se realiza a sempre concorrida sessão da entrega de prémios diversos.
Amadora Cartoon, nos Recreios da Amadora
Como habitualmentee, numa sala no primeiro andar, está patente a muito interessante exposição "Amadora Cartoon" (comissariada por Osvaldo de Sousa) com exemplos de três cartunistas de nomeada, ou seja, os portugueses Henrique Monteiro e Carlos Rico e o italiano Alessandro Gatti, que receberam os devidos troféus de homenagem.
Do que estava exposto no Fórum, destacamos os espaços dedicados aos 75 anos dos heróis-BD, "Superman" e "Spirou", e ainda, os que eram dedicados a Fernando Relvas e Ricardo Cabral. Uma nota, também, para Geraldes Lino que tem uma merecida exposição na Galeria Municipal Artur Bual.
Exposição de Ricardo Cabral
Muitos desenhistas nacionais circulavam pelo Festival. Quanto às presenças estrangeiras, salientamos a norte-americana Shaenon Garrity e os seus compatriotas Jon Bogdanove e Andrew Farago, o japonês Yoshiyasu Tamura, os brasileiros André Diniz, Pedro Franz e Gustavo Duarte, os argentinos Juan Cavia e Santiago Villa e o já citado italiano Alessandro Gatti.
Quanto aos premiados, destacamos "O Baile", com argumento de Nuno Duarte e grafismo de Joana Afonso, que recebeu dois prémios: Melhor Álbum Português e Melhor Argumento, e "Roleta Nipónica" com argumento de Mário Freitas e grafismo de Osvaldo Medina, pelo Melhor Desenho (Grafismo). Ambos os álbuns têm edição da Kingpin Books.
Porém, o grande aplauso vai para o vencedor do Troféu de Honra, que este ano coube muito merecidamente a Carlos Gonçalves, há longos anos entusiasta coleccionador de BD, articulista, crítico e ensaísta da 9.ª Arte e frequente apoiante de diversos Salões de Banda Desenhada no nosso país. Parabéns, Carlos Gonçalves!
Fica a reportagem fotográfica possível do evento. As fotos foram tiradas, na sua maioria, durante a manhã (e daí, talvez, o pouco público presente). À tarde o público afluiu em maior número mas, dado que as pilhas da nossa máquina fotográfica deixaram de funcionar, não nos foi possível fazer um registo mais completo quer sobre as restantes exposições quer sobre a entrega de Troféus. Remetemo-vos, pois, para a página oficial do Festival no facebook.
LB













HERÓIS INESQUECÍVEIS (20) - REDEYE

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Hoje abordamos um herói-série que sempre foi apresentado na versão de tira humorística: REDEYE (como é apresentado, e não como Red Eye), que em português foi "Olho Vermelho" e na França/Bélgica, "La Tribu Terrible".
A criação é do norte-americano Gordon Bess (1929-1989). Devido a doença deste, em 1988, a série passou a ter argumentos de Bill Yates e grafismo de Mel Casson (1920-2008) que, a partir de 1999, passou a ser o autor absoluto.
Com o falecimento de Casson, a série não teve continuação e terminou a 13 de Julho de 2008. E perdeu-se, desde então, uma fonte para constantes e bem salutares risotas.
Gordon Bess e Mel Casson

Redeye (Olho Vermelho) é o bizarro e pândego chefe da tribo Chickiepan. Mas que tribo!... Nela, quase ninguém escapa a nível de sensatez. Ora vejamos: Tanglefoot é um guerreiro cobarde e estúpido, apaixonado quanto baste por Tawnee, a bela filha de Redeye e, talvez, o único elemento normal da tribo...
Mawsquaw é a mandona esposa do "herói", que cozinha coisas verdadeiramente intragáveis. E ai de quem diga mal dos seus sabores!...
O Xamã ou feiticeiro ou "médico" só se interessa em jogar golfe e namoriscar a "enfermeira".
Pockey é o reguila irmãozito de Tawnee.
E, para além de diversas outras figuras patuscas e quase sempre estarolas, podemos ainda citar Loco, um cavalo sempre cansado e sempre desejoso de estar tranquilo em casa...
"La Tribu Terrible" (Ed. Lombard)
Esta série, que foi premiada no Festival de Angoulême, em 1976, para além da popularidade nos Estados Unidos cedo conquistou vários países da Europa: Dinamarca, França, Holanda, Bélgica, Finlândia, Alemanha, Itália, Espanha, Suécia, Noruega e Portugal. E também foi famosa no Brasil.
Em Portugal, a série do herói Redeye teve exemplos publicados no "Jornal do Cuto", "Tintin" (edição portuguesa), "Jaguar", "Selecções do Jornal do Cuto" e nos mini-álbuns "Clássicos da Banda Desenhada" (da Europress).
"Redeye" ("Olho Vermelho"), no Jornal do Cuto
Curiosidade: aquelas mentes mais opacas e mais venenosas podem atirar com uma atoarda indicando que é uma série racista e a amesquinhar os pobres dos "pele-vermelhas"... Nada disso! O que podemos agora interpretar (de uma maneira especulativa, é certo) é que essa tão impagável tribo chefiada por Redeye caricatura, com intenção ou não, todas e tamanhas imbecilidades de qualquer nação dos "caras pálidas" (os brancos)...
Será ou não será?... Mas que a série é uma louca e hilariante paródia, lá isso é!
LB


"Redeye" por Mel Casson...

...e por Gordon Bess

"Redeye" no Jornal do Cuto
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